Evento

Espetáculo: Variações sobre um tema amarelo

17:13

Foto: Tarcísio de Paula
A peça combina gêneros como o teatro do absurdo, drama e teatro físico, para criar uma nova leitura para o conto 'O Papel de parede Amarelo', de Charlotte Perkins Gilmam, um clássico da literatura feminista, originalmente publicado no século XIX, mas que continua extremamente atual. 


 Não li o conto do qual o espetáculo se inspira, porém, com relação a história, acredito que se a ideia do autor não for colocar o marido como "bonzinho" e "cuidador da esposa" deveria ter explorado melhor o papel de "vilão" do mesmo, que diagnosticou erroneamente a mulher como depressiva e a confinou sem motivo, pois, pela forma como a história é apresentada, têm se a impressão de que o marido estava apenas cumprindo seu papel de médico e a mulher realmente sofria de transtornos e necessitava de tratamentos. O fato do marido ser machista e não deixar a esposa trabalhar é evidente, entretanto, ainda fica o questionamento se aquela mulher realmente tem capacidade para trabalhar e até mesmo se relacionar com outras pessoas.
 O enredo não segue uma narrativa, várias atrizes interpretam a mesma personagem o que contribui para gerar a ideia de psicose e transtorno mental. O marido não possui falas em toda a peça, apesar disso, o ator consegue transparecer a ideia de imponência, opressão e superioridade pois em suas cenas trabalha-se muito o uso do corpo.
O cenário do espetáculo é fixo, constituído por uma mesa e quatro cadeiras. A iluminação é muito explorada e é a responsável por criar um importante elemento cênico: o papel de parede. 
Os atores iniciam a peça já em cena. Além disso, exploram o espaço do teatro além do palco, utilizando os corredores. Esse fato somado ao pequeno tamanho do teatro, gera uma aproximação maior com o público. 


 Evento: Variações sobre um tema amarelo - 'Criações de Bolso'
Data: 26/05 a 28/05 Hora: Sexta e sábado, às 20h I Domingo, às 19h
Local: Sesc Palladium
Teatro de Bolso




Objeto

Objeto Interativo Programático com Eletrônica

23:21



A ideia inicial de produzir um "sapato falante" foi retomada, entretanto, o projeto foi repensado para ficar menos representativo e explorar melhor o conteúdo. Em primeiro lugar, para a construção do trabalho pensei em que impacto ou que ação eu gostaria de promover no mundo, foi decidido que seria estabelecer uma relação de descobrimento espacial, que obrigasse as pessoas a se deslocar pelo espaço para interagir.

A partir disso, foi pensado em uma estrutura, como na foto abaixo, que abrigaria um dispositivo Bluetooth e auto falantes. Da estrutura sairiam dois fios com botões de pulso nas extremidades. Dessa forma, os usuários poderiam interagir com o objeto de duas formas independentes. A partir do pulso nas extremidades, que deveriam ser acionados ao mesmo tempo, o objeto começaria a se locomover pelo espaço e as pessoas deveriam acompanha-lo. A outra forma de interação se daria a partir do Bluetooth que permitiria colocar sons para serem reproduzidos no mesmo. Entretanto, o objeto apresentava muitas falhas: a estética estava precária, o objeto não ampliava possibilidades de interação entre objeto-pessoa e/ou entre pessoa-pessoa, apenas uma pessoa poderia interagir com o mesmo devido ao comprimento dos fios, limitava-se a ir apenas para frente. Concluindo, o objeto ainda estava representativo e se assemelhava a uma caixa de som com rodas.



A ideia seguinte constituía em uma estrutura que se movimentaria (mais rápido ou mais lento) a partir da frequência dos sons que ela recebesse (maior frequência mais rápido, menor frequência mais lento) porém, foi compreendido que a interface estava muito complexa e com poucas possibilidades de movimentação e interação pessoa-pessoa. Além disso, a estética ainda estava banal e pouco interessante e assemelhava-se muito a um carrinho de brinquedo. 


Retomando os objetos anteriores, percebi o potencial de possibilidades proporcionado por uma estrutura feita de cano pvc relacionadas a orientação do deslocamento. Além disso, é esteticamente mais interessante e não é possível atribuir de imediato uma função específica ao objeto. 
O objeto consiste em uma estrutura feita de tubos pvc, como na imagem abaixo, que possui dois circuitos independentes entre si que acionam as rodas. O circuito é acionado a partir dos sensores de movimento. O usuário pode rotacionar a parte inferior da estrutura, alterando o sentido da orientação das rodas. Dessa forma, o objeto abre possibilidades de interação entre uma ou mais pessoas, estabelecendo uma relação de diálogo.


A combinatória está presente nas diferentes configurações que as orientações das rodas podem assumir.
Utiliza-se de recurso finalístico (movimentação do objeto); causalístico porque o objeto só consegue se mover devido a um input que seria a movimentação do usuário; programático porque o movimento não é programado e pode ser feito de várias formas.
A interface é mais proativa e a interação dialógica.
Trata-se de uma interatividade interativa pois o usuário interage com o conteúdo através da interface. 
O objeto é transfuncional pois não tem função pré definida e ao mesmo podem ser atribuídos múltiplos usos.
Além disso, o usuário se torna uma espécie de jogador pois tem autonomia sobre a interface. 
O objeto ainda apresenta falhas com relação ao material utilizada para as rodas, a forma como estão sendo rotacionadas e a estabilidade (dependendo da forma que posiciona os eixos o mesmo não para em pé). 


Análise

Inhotim - Adriana Varejão

22:38

Galeria Adriana Varejão


Foto: José Vitor

 
A galeria apresenta diversas obras da artista Adriana Varejão. A artista é conhecida por trabalhar mais com a lógica da representação do que com a lógica da diferença, características que podem ser observadas em seus trabalhos, que geralmente retratam algo mas não tem o intuito de causar interação com a obra. As obras são dispostas pela galeria de forma que existe um caminho bem definido de como e em que ordem serão vistas. A obra escolhida para ser analisada foi " Linda do Rosário" que gera um contraste poético com o espaço. A obra foi elaborada pela artista com o intuito de representar um acidente trágico, entretanto, abre outras possibilidades de reflexão se o espectador se propor a isso.
A construção utiliza elementos que eu particularmente gosto muito, como o concreto, a água, o vidro e os azulejos (que fazem parte das obras da artista) que geram um contraste interessante entre si e com a vegetação. Alem disso, dá a sensação de grandiosidade mas ao mesmo tempo integração com a natureza. 


Linda do Rosário, 2004 Foto: site oficial inhotim

Reflexão

Virtualidade e Interatividade

07:03

Sempre associei o termo "virtual" a tecnologia de automação, entendendo o virtual como um espaço que relaciona pessoas a um sistema operacional, algo contrário ao real. A partir da leitura dos textos propostos, pude compreender o virtual como algo mais amplo e complexo. Virtual seria algo que existe em potência, que se atualiza, um vir a ser, diversas configurações possíveis de algo que não são manifestadas. A partir disso, a virtualidade pode ser compreendida como um evento em estado latente. A interatividade seria o diálogo, a possibilidade de interação. A união dos dois conceitos: virtualidade e interatividade parece-me propor a concepção de algo focando em como transcender sua função inicial, abrindo possibilidades quanto ao seu uso. O desenvolvimento de algo mutável, dinâmico e aberto a transformação. 

Até que ponto o digital é facilitador na construção de uma virtualidade?

O digital é facilitador na construção de uma virtualidade no sentido em que sistematiza a interface e a ação dos usuários. 




Análise

Seminário de Design de Interação

07:00



BOUNDARY FUNCTIONS (1998) - scott Snibbe



Câmera e projetor posicionados no teto reconhecem a plataforma com o auxílio de um espelho. 
Os dispositivos são conectados a um computador, que rastreia os movimentos e através de um software customizado gera 

o diagrama de Voronoy de acordo com a posição e movimentação das pessoas sobre a plataforma. 


Esquema do site oficial que explica funcionamento 

O diagrama de Voronoy é a pré-configuração de como o software reagirá diante da movimentação, entretanto, não limita a interação pois atua apenas como parâmetro da interface. Outra questão interessante é que o título da obra faz referência à tese de doutorado de Theodore Kaczynski (Unabomber), da Universidade de Michigan (1967) que aborda o conflito entre individuo, sociedade e espaço. Além disso, o diagrama de voronoy é um padrão recorrente na natureza, encontrado por exemplo na forma como as células compõem tecidos do corpo humano. Porém, mesmo que o usuário desconheça essas referências é possível adquirir a percepção de comunidade, aglomerado e fronteiras através dos "novos espaços" criados e recriados pelas pessoas. Em outras palavras, o conteúdo está implícito mas é perceptível, caracterizando uma obra não representativa e uma interatividade interativa. Além disso, a obra só existe enquanto há pessoas interagindo com a interface. 



Infinito ao Cubo (2007) - Cantoni Crescenti


Cubo espelhado de 3 x 3 x 3 metros suspenso a 25 centímetros do chão apoiado numa cruzeta no centro de sua base e em quatro molas, uma em cada canto. Duas das suas faces giram em seu eixo central. Uma bascula e outra pivota. Esta pivotante age também como uma porta de acesso ao seu interior. Espelhado por fora reflete o espaço à sua volta. Espelhado por dentro, ao fechar a porta, provoca reflexões infinitas em todas as direções. As paredes não se tocam, ou seja, o espaço exterior é visível através de linhas de 3 centímetros de espessura por 3 metros de comprimento. Essas linhas são refletidas guardando a cor, a luz e o movimento da cena exterior, que em reflexões múltiplas geram um efeito caleidoscópico


Foto site oficial
O trabalho tem a proposta de integrar arte e ciência, que é algo que me interessa muito. A obra tem a pretensão de a partir de um cubo espelhado criar a impressão de infinito através dos múltiplos reflexos gerados, além disso, ao se movimentar pelo espaço as reflexões adquirem novas configurações devido a mecanismos (como molas) presentes no chão. A partir das informações sobre a obra é possível afirmar que a mesma não pode ser definida como programática pois predetermina a sensação que os usuários terão pela interação. Além disso, o usuário interage mais com a interface do que com o conteúdo da obra. Permite interação pessoa-pessoa pelo "confinamento" no espaço e os efeitos que o ato de caminhar gera no cubo.



Evento

Seminário Arte e Pesquisas Indígenas (Projeto Desvios)

16:33

Foto: Amilton Mattos

O MAHKU é formado por artistas Huni Kuin, povo indígena que vive em ambos os lados da fronteira do Brasil com o Peru. O coletivo origina-se das pesquisas realizadas por Ibã Huni Kuin, com o objetivo de estimular o conhecimento dos cantos e da língua dos antigos. De acordo com o pesquisador e professor, o extrativismo do látex na região fez com que seu povo perdesse grande parte da história e língua. Em 2008, cerca de 36% da população conservava a língua e este conhecimento estava concentrado com os idosos.
Desde 2008, a Universidade Federal do Acre – Campus Floresta trabalha com a formação de professores e pesquisadores indígenas para auxiliar na preservação da identidade dos índios do estado, e foi nessa época que a história de luta de Ibã chegou à academia. O professor de Língua e Artes da Licenciatura Indígena da universidade, Amilton Mattos, iniciou o processo de documentação da pesquisa e no auxílio da tradução das músicas para desenhos, em resgate à língua original Huni Kuin. “Era um projeto para que os jovens aprendessem o que os cantos dizem, porque é uma linguagem difícil e eles não tinham contato com um professor que estivesse ali. Inicialmente começamos a utilizar a linguagem do desenho, da pintura, e esse trabalho saiu do Acre e foi para a Europa. Fomos chamados para uma exposição na França e entramos nesse universo que está crescendo, que é movimento da expressão artística dos povos indígenas, principalmente com as artes visuais, para expressarem seus mundos e seus dilemas com o mundo que a gente vive”, destaca. Parte da trajetória dos Huni Kuin – desde a pesquisa até o reconhecimento dos artistas indígenas – foi evidenciada pelo professor no filme O sonho do nixi pae (2015), exibido durante o seminário no Sesc Palladium.                                     + Informações


O pesquisador  Ibã Huni Kuin iniciou o seminário com um canto popular que para a cultura da aldeia, tem significado religioso. O ambiente foi de diálogo e troca de informações, que abriram a discussão para temas importantes. 
Vale destacar, a importância da desconstrução do estereótipo do índio que deve viver nu na floresta, sem se apropriar da tecnologia ou da forma ocidental de produzir arte. Assim, desmistifica-se a ideia de que a cultura indígena deve ser imutável, "congelada" no tempo.  
O Coletivo Mahku através da criação de um espaço de residência e experimentação artística, tem conseguido resgatar a identidade de seu povo. O espaço construído por eles não tem o propósito de meramente ensinar mas de trocar conhecimentos, buscando reproduzir a diferença, a sobrevivência, o modo de estar e compartilhar o mundo com outros seres. A arte possibilitou ao povo uma nova visão e uma maior valorização de sua cultura.  
O professor de Língua e Artes da Licenciatura Indígena da universidade, Amilton Mattos, afirmou que: " A modernidade criou a separação da arte e da tecnologia buscando a colonização por meio da homogeneidade dos povos. " A questão me pareceu complexa pois como seria possível separar arte e tecnologia? Pensando nisso, encontrei o seguinte artigo que trata do mesmo assunto, mas ainda não cheguei a uma conclusão.
Outro tema importante foi levantado pela artista visual Erica Si: “Ter esse contato com o povo ancestral é sempre maravilhoso, porque ele nos auxilia a recuperar uma essência que faz parte de um processo de cura muito importante da nossa sociedade, que é esse resgate da força da floresta com significado mais profundo dos nossos fazeres do dia a dia, porque a gente vai levando as coisas para um lado muito mecânico e nossas relações se tornam superficiais. No processo artístico também é muito importante, porque a própria arte vivencia um esgotamento, um processo de apropriação do molde acadêmico, europeu, então na nossa arte, infelizmente, há um excesso do que é o homem europeu, o homem branco. A gente que é artista só tem muito a aprender com esse povo que traz essa arte tão livre e tão descondicionada dos nossos conceitos".

 
  02 de maio de 2017
Local: Sesc Palladium
Teatro de Bolso

Objeto

Objeto Interativo Programático

20:32


A partir da rede de objetos foi proposto a criação de um novo objeto que atendesse as especificações de ser interativo e programático. Além disso, o objeto deveria carregar alguma ideia dos objetos iniciais. 


A ideia inicial foi a concepção de um sapato infantil que emite sons ao ser pisado. Entretanto, foi compreendido que o objeto estava muito finalístico, representativo e pouco interativo. 


A partir disso surgiu a ideia de conceber um sapato que ao ser pisado, reproduziria sons com o auxílio da tecnologia bluetooth. O sapato "invadiria" o aparelho das pessoas e aqueles com o dispositivo bluetooth ligado, se reproduzissem áudios, teriam esses áudios reproduzidos no sapato involuntariamente ou não. O objetivo era questionar a presença do corpo no espaço (o ato de caminhar) e por meio dos áudios, que poderiam ser de diversos tipos, questionar o que define o corpo e como as pessoas o veem. Entretanto, foi compreendido que o objeto ainda estava muito representativo. 

Refazendo o objeto mas mantendo a ideia, surgiu a "liga". O objeto consiste em uma rede de tubos pvc conectados. O objetivo é que as pessoas ao interagir sintam-se livres para desconectar e reconectar os tubos onde desejarem, dessa forma a trama não possui uma forma fixa pré-estabelecida.  Os tubos conectados representam a ligação existente durante o nascimento, que de alguma forma pré-definem o "novo ser". Além disso, o ato de conectar e desconectar os tubos remete as conexões que são feitas ou desfeitas ao longo da vida. A rede de tubos, esteticamente lembra uma trama de corpos que parecem dançar no espaço.  Não significa necessariamente que as pessoas ao interagir com o objeto terão as mesmas percepções, porém, foram essas ideias que contribuíram para a criação do mesmo.

Liga

Evento

Os cadernos de Kindzu

17:03

Os cadernos de Kindzu, disposição final do cenário. Foto: Roberta Silvestre

"Com direção de Ana Teixeira e Stephane Brodt, a nova criação do Amok Teatro, Os Cadernos De Kindzu, tem como ponto de partida a obra literária “Terra Sonâmbula”, do escritor moçambicano Mia Couto. O espetáculo conta a trajetória do jovem Kindzu, que, para fugir das atrocidades de uma devastadora guerra civil, deixa sua vila e parte para uma viagem iniciática. Nela, encontra outros fugitivos, refugiados e personagens repletos de humanidade que lhe farão viver experiências ancoradas tanto na cultura tradicional do sudeste da África, quanto na vivência de um conflito devastador."

Em relação a cenografia, o espetáculo não utiliza coxias, ou seja, os atores e os elementos cênicos estão presentes no palco o tempo todo. É interessante ver a dinamicidade que os objetos cênicos adquirem pois é como se o objeto perdesse a condição de mero objeto cênico para tornar-se  parte integrante da obra pois são atribuídas ao mesmo diferentes funções e usos, podendo atuar como instrumento musical, como banco, como pedra ou como divisor de ambientes. Essas transformações ficam claras ao espectador pois quase não se usa black-out durante toda a peça. A iluminação é bem estudada e contribui para guiar os olhos do observador e evidenciar partes em detrimento de outras, além disso, também atua como divisora e construtora de ambientes, como a separação entre água e terra, que aparece na narrativa. De maneira geral a peça não possui cenário fixo e sua construção e reconstrução faz parte da obra. A sala que foi escolhida para abrigar a peça contribui para estabelecer uma relação maior de proximidade entre atores e público pois é menor, o palco é maior que o espaço destinado ao público e em qualquer posição que se escolha para sentar é possível ver todo o palco. 
O enredo é instigante, promove a imersão na trama e a empatia com os personagens.  Um mesmo ator, com exceção do ator que interpreta Kindzu, interpreta mais de um personagem ao longo da peça. A interpretação acontece de forma tão natural que se a transformação não ocorresse em cena, poderia se dizer que trata-se de outro ator.
O espetáculo aborda temas importantes e abre espaço para reflexão sobre questões como: a existência, o pertencimento, a relação com o espaço e a cultura, a guerra, a terra, a migração.

Porque esta guerra não foi feita para nos tirar do país, mas para tirar o pais de dentro de nós. (Kindzu)


Farida: Eu quero sair de África.

Kindzu: Ambos queremos partir. Mas eu quero encontrar um outro continente dentro de África. A terra que tu procuras é essa, não há outro lugar. 


Eu sou um sonhador de lembranças, um inventor de verdades. (Taimo) 

O que faz andar a estrada? É o sonho. Enquanto a gente sonhar a estrada permanecerá viva. É para isso que servem os caminhos, para nos fazerem parentes do futuro. 


Local: Centro Cultural Banco do Brasil Belo Horizonte


Praça da Liberdade, 450 – Funcionários
CEP: 30140-010 | Belo Horizonte - MG
(31) 3431-9400
Assistido em: 07 de abril de 2017

Em cartaz no mesmo local até 08 de maio de 2017.
Indicação: 
Os diretores Ana Teixeira e Stéphane Brodt, da Companhia Amok Teatro, se juntam ao elenco da montagem “Os Cadernos de Kindzu”, para um bate-papo com o público no dia 6 de maio, às 16 horas, no teatro II. A entrada é gratuita e a capacidade do local é de 85 pessoas

Evento

Objeto Vital: Los Carpinteros

16:43

Foto: Roberta Silvestre

A exposição apresenta grande variedade de obras, com diversos segmentos artísticos como pintura, escultura e videoart. Apropriando-se disso, a curadoria explorou bem os espaços, as obras foram apresentadas emolduradas, em cúpulas ou até mesmo diretamente sobre as paredes e o chão. A iluminação favoreceu as obras e aparentemente não gerou interferência negativa sobre as mesmas. Um fato que me chamou muita atenção é como as obras de modo geral, casaram bem com o piso que é próprio do edifício, como se o piso de madeira (material frequentemente usado pelos artistas) fosse parte da exposição. Até mesmo nas obras em que o uso da madeira não é aparente, como visto na foto abaixo, o piso gerou um contraste interessante que dialogava com o restante da exposição. 

Foto: CCBB. Cuarteto, 2011 Madeira pintada, metal e bronze cromado

Em relação as obras, de modo geral, estimulam a reflexão a cerca dos objetos e a transgressão a suas funções pré-determinadas. Em alguns casos é possível perceber evidentemente que a obra carrega uma crítica, em outros a crítica é apresentada de  forma lúdica e pode passar despercebida. A maioria das obras é esteticamente interessante e convidativas a reflexão e imersão. 
Foto: Roberta Silvestre
Foto: Roberta Silvestre




Local:
Centro Cultural Banco do Brasil Belo Horizonte
         kjjjjjjjjjjjjjjjjjjPraça da Liberdade, 450 – Funcionários               
Visita em: Março/2017 

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