Roteiro utilizado para entrevistar frequentadores do espaço escolhido para intervenção.
[Beco Modesto de Almeida]
Apresentação do grupo (estudantes, contexto, proposta...)
Solicitar informações pessoais (nome, origem, residência...)
Qual sua relação com este espaço?
Há algo que chame sua atenção neste espaço?
Como realiza seu deslocamento diário? Utiliza carro nesta região? Se não, enquanto pedestre, o que sente em relação aos carros neste espaço?
Você conhece as pessoas que moram/trabalham neste espaço específico?
Como é o fluxo de pessoas aqui durante o ano? Isso muda sua rotina? Se sim, como?
Você sente que este espaço faz parte da praça [do Mercado]?
Há algum elemento neste espaço que lhe incomoda?
Qual sua relação com este espaço?
Há algo que chame sua atenção neste espaço?
Como realiza seu deslocamento diário? Utiliza carro nesta região? Se não, enquanto pedestre, o que sente em relação aos carros neste espaço?
Você conhece as pessoas que moram/trabalham neste espaço específico?
Como é o fluxo de pessoas aqui durante o ano? Isso muda sua rotina? Se sim, como?
Você sente que este espaço faz parte da praça [do Mercado]?
Há algum elemento neste espaço que lhe incomoda?
Chuchimilco, esculturas feitas de terracota produzidas por povos que habitaram a costa central do Peru |
A exposição apresenta diversas obras relacionadas a figura humana.
As esculturas foram expostas em aquários. Dessa forma, é possível vê-las de todos os lados.
As obras foram separadas por períodos históricos de acordo com a data de sua criação. Foi muito interessante essa organização pois é possível ver claramente o contraste entre as diferentes mentalidades dos artistas, consequentemente da sociedade em cada época.
As paredes das galerias foram pintadas de lilás, cor que comunica bem com a moldura de madeira das pinturas, mas que ao mesmo tempo garante neutralidade as salas.
É possível perceber uma semelhança entre esculturas feitas na África e esculturas feitas na América, o que produz uma reflexão sobre como apesar de terem sido produzidas em épocas, lugares e culturas diferentes existe algo que aproxima os seres humanos.
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Foto: Internet |
Parkour
Parkour
é um treino de transposição de obstáculos do ambiente, como escalar muros,
equilibrar em corrimãos, ou saltar sobre vãos. Porém, mais do que isso, é a
incessante busca pelo desenvolvimento da autonomia do corpo e mente sobre os
desafios do cotidiano. Realiza-se através do trabalho de força, resistência,
explosão muscular, equilíbrio, determinação, concentração, persistência, entre
vários outros atributos físicos e mentais necessários para alcançar o
potencial.
O
Parkour não é um esporte, ou tampouco um esporte radical.
Busca-se lidar com o próprio corpo sem a dependência de acessórios, construir
um corpo forte e duradouro, sair da zona de conforto e tornar-se melhor. Não é uma busca por riscos ou por adrenalina. Não há regras ou
um juiz dizendo o que é certo ou errado, não há competidores fazendo você
ganhar ou perder, é uma batalha interna entre o indivíduo e o ambiente, ou
entre o indivíduo e ele mesmo. Apenas o indivíduo e o seu corpo ditam as
regras. Uma atividade rica em experiências e valores para o desenvolvimento do
ser humano em seu potencial.
Fonte: tracer.com.br/parkour/
Deriva
É
um procedimento de estudo psicogeográfico – estudar as ações
do ambiente urbano nas condições psíquicas e
emocionais das pessoas.
Partindo de um lugar qualquer e comum à pessoa ou grupo
que se lança à deriva, deve-se rumar deixando que o meio urbano crie seus próprios
caminhos. É sempre interessante construir um mapa do percurso traçado, esse
mapa deve acompanhar anotações que irão indicar quais as motivações que
construiu determinado traçado. É pensar por que motivo dobra-se à direita e não
segue reto, por que para-se em tal praça e não em outra, quais as condições
que levaram a descansar na margem esquerda e não na direita. Enfim, pensar
que determinadas zonas psíquicas conduzem e trazem sentimentos
agradáveis ou não.
Apesar
de ser inúmeros os procedimentos de deriva, ela tem um fim único, transformar o
urbanismo, a arquitetura e a cidade. Construir um espaço onde todos serão
agentes construtores e a cidade será um total. A deriva se define como um
“comportamento ‘lúdico-construtivo’; ligada a uma percepção-concepção do espaço
urbano enquanto labirinto: espaço a ‘decifrar’ e a descobrir pela experiência
direta.”
Fonte: reverbe.net
Flaneur
O
termo flâneur vem do francês e tem o significado de "vagabundo",
"vadio", " preguiçoso", que por
sua
vez vem do verbo francês flâner, que significa "para passear".
Charles Baudelaire desenvolveu um significado para flâneur de "uma pessoa
que anda pela cidade a fim de experimentá-la". Devido à duração da
utilização e teorização por Baudelaire e inúmeros pensadores em termos
econômicos, culturais, literários e históricos, a idéia do flâneur tem
acumulado importante significado como uma referência para compreender fenômenos
urbanos e a modernidade. Walter Benjamin descreve o flâneur como um produto da
vida moderna e da Revolução Industrial, sem precedentes, um paralelo com o
advento do turismo. Benjamin se tornou o seu próprio exemplo, observou o social
e estético durante longas caminhadas por Paris.
A
percepção do flanêur parece se dar diante daquilo que é transitório na cidade,
mas ele não simplesmente lamenta-se a respeito da transitoriedade, ele se
alimenta dela, ele formula uma espécie de abrigo no ventre da caótica
urbanidade – bem entendido, caótica para os citadinos, não para os
gerenciadores políticos da nova ordem social – tecendo uma narrativa dos
atrativos da cidade, numa espécie de reconhecimento do apelo erótico das coisas
e das pessoas no contexto dos desencontros modernos.
Fonte: caroltsv
Rolezinhos
A
gíria não é nova. “Dar um rolê” ou “dar um rolezinho” são expressões já comuns
em vários espaços urbanos e expressam a prática de passear pela cidade,
divertir-se. A diferença dos atuais rolezinhos é que eles estão sendo
programados a partir de redes sociais, reunindo centenas (ou milhares) de
jovens e dirigindo-se aos shoppings centers. Os rolezinhos começaram a ser
chamados por MCs após surgir um projeto de lei na Câmara dos Vereadores de São Paulo
que pretendia proibir a realização de bailes funk na cidade. O
projeto foi vetado pelo prefeito Fernando Haddad, mas os rolezinhos não pararam
por aí.
A
maioria desses jovens vive nas periferias das cidades. Ao chegarem aos centros
comerciais, eles passeiam pelos corredores e praças de alimentação, paqueram,
tiram fotos, cantam e executam alguns “passinhos” utilizados nos bailes funk. Para alguns, os
rolezinhos seriam uma forma de os jovens garantirem seu direito à cidade,
subvertendo as imposições colocadas por autoridades públicas e empresas
privadas, reutilizando esses locais de acordo com seus interesses. Tamanha
reação em relação aos rolezinhos pode ser entendida também como uma profanação
dos templos de consumo, ilhas de suposta segurança encravadas em uma sociedade
extremamente violenta e desigual. Os participantes dos rolezinhos podem querer
apenas consumir e se divertir. Entretanto, os administradores e utilizadores
desses espaços não estão vendo com bons olhos a invasão dos templos pela camada
da sociedade brasileira que teve um aumento de renda durante a década de 2000 e
2010, entrando maciçamente no mercado de consumo. Os rolezinhos são a expressão
das contradições da sociedade brasileira em movimento, mas ainda sem solução à
vista.
Fonte: brasilescola
Flash Mobs
Flash Mobs são aglomerações instantâneas de
pessoas em um local público para realizar determinada ação inusitada
previamente combinada, estas se dispersando tão rapidamente quanto se reuniram.
A expressão geralmente se aplica a reuniões organizadas através dos meios de
comunicação social. Esse tipo de
evento quando realizado de forma organizada é bastante impactante, podendo-se
usar a dança, mas também muitas vezes se utiliza outros artifícios. Muitos são
realizados em forma de protesto ou também para homenagear alguém ou alguma
coisa.
Fonte: mundodadanca
Skateboarding (Iain Borden)
É um fenômeno
urbano, os skatistas experimentam
e compreendem a cidade através do seu esporte. Desconsiderando a autoridade e a
convenção, os skatistas sugerem que a cidade não é apenas um lugar para
trabalhar e fazer compras, mas um verdadeiro espaço de prazer, um lugar onde o
corpo humano, as emoções e a energia podem ser expressos ao máximo. A enorme subcultura de skate que gira
em torno de roupas e placas gráficas, música, gírias e movimentos fornece um
recurso rico para explorar questões de gênero, raça, classe, sexualidade e a
família. Conduz a uma crítica
performativa da arquitetura, da cidade e do capitalismo.